Glicose x corpos cetônicos: qual o melhor combustível para o cérebro?

5/12/20251 min read

Esse é um assunto importante e fonte de muitos equívocos no meio da medicina e da nutrição.

O nosso cérebro pode usar basicamente duas substâncias como alimento: a glicose e os corpos cetônicos.

A glicose (o açúcar no sangue) é usada pelo cérebro sempre que houver abundância ou excesso na circulação, mas isso não significa que o cérebro “prefira” a glicose.

Em situações em que não há excesso de glicose na circulação, o nosso organismo, inteligente como é, produz um combustível alternativo. A partir do metabolismo das gorduras, o fígado produz os corpos cetônicos, uma substância que o cérebro adora! Isso porque a partir deles, o nosso cérebro consegue produzir mais energia comparado com a glicose, e com produção de menos resíduos, os radicais livres, que são substâncias danosas quando em grande quantidade.

Além disso, a utilização de glicose pelo cérebro pode estar prejudicada em diversas situações, como em muitos casos de depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, TDAH, Transtorno do Espectro do Autismo, Alzheimer, entre outros.

O mais interessante é que, nesses casos, a utilização dos corpos cetônicos pelo cérebro permanece inalterada. Isso faz com que as intervenções alimentares sejam muito benéficas em muitas dessas situações.

Você conhecia essa flexibilidade do cérebro?