Dr. Régis Chachamovich

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O número de pessoas que convivem com algum transtorno psiquiátrico nunca esteve tão alto, e está aumentando numa velocidade extremamente preocupante.

Vários fatores contribuem para isso, mas um merece especial atenção: a Resistência à Insulina.

Se você é novo por aqui e nunca ouviu falar da Psiquiatria Metabólica, deve ter estranhado essa afirmação. Resistência à Insulina? Sim, é isso mesmo. Quando pensamos em Transtornos Mentais, como Depressão, Ansiedade, Transtorno Bipolar e Esquizofrenia, é comum a associação a traumas, estresse, abuso de substâncias químicas e genética. Todos esses fatores podem contribuir, afinal as causas dos quadros psiquiátricos são complexas. Mas existe uma associação muito relevante que só recentemente começou a ser melhor compreendida, que é a associação entre disfunções metabólicas e Saúde Mental. Existe uma ligação direta entre saúde metabólica e saúde mental.

Quando temos disfunções do nosso metabolismo, a capacidade das nossas células de gerarem energia a partir da glicose fica comprometida. E é exatamente isso que acontece quando temos um quadro de resistência à insulina (chamamos isso de Hipometabolismo Glicolítico Cerebral – ou seja – uma menor capacidade do cérebro em produzir energia a partir da glicose). Nosso cérebro equivale a apenas 2% do nosso peso corporal – mas consome 20% de toda energia gerada pelo organismo. Ou seja, este é um órgão altamente sensível às oscilações de energia. E quando nosso cérebro está produzindo pouca energia, ele passa a funcionar mal e pode manifestar sintomas típicos de transtornos mentais.

É engraçado como costumamos pensar no cérebro como um órgão dissociado do corpo. Mas a verdade é que uma disfunção metabólica no corpo afeta – e muito – o nosso cérebro!

Não é coincidência que, ao mesmo tempo que em vivemos uma crise de Saúde Mental, vivemos também uma crise de saúde metabólica. E a resistência à insulina está na raiz das doenças que mais afetam as pessoas atualmente. Como exemplo, temos o Diabetes, a Obesidade, as Doenças Cardiovasculares (como Infarto e AVC), a Hipertensão Arterial, a Doença de Alzheimer, a Síndrome dos Ovários Policísticos, alguns tipos de Tumores, entre outras.

E a resistência à insulina também está na raiz dos mais diversos quadros psiquiátricos, como Depressão, Ansiedade, Transtorno Bipolar, TDAH, Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), entre outros. Quando ela está presente, os quadros psiquiátricos tendem a ser mais graves, mais duradouros, e têm pior resposta aos tratamentos convencionais.

Mas, afinal, o que é a resistência à insulina?
Resumidamente, é uma desregulação do metabolismo em que alguns órgãos passam a não responder adequadamente ao estímulo da Insulina, que é um hormônio que tem inúmeras funções importantíssimas no organismo todo.

Agora, a boa notícia: a resistência à insulina é uma condição facilmente reconhecível e, na grande maioria dos casos, reversível. Como? Investindo em mudanças do estilo de vida, em especial na alimentação, com uma dieta de baixo carboidrato bem formulada. Regular o sono e praticar atividades físicas também são medidas extremamente úteis.

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